quinta-feira, 31 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Batman já supera bilheteria do anterior
Com agência Reuters
Revista Veja
Bastaram seis dias em cartaz nos Estados Unidos para que Batman – O Cavaleiro das Trevas superasse a bilheteria de toda carreira do filme anterior da série, Batman Begins. Segundo a Warner Bros, somente no final de semana de estréia o filme arrecadou 158,4 milhões de dólares nas bilheterias. O valor subiu para 200 milhões de dólares na terça, superando os oito dias de Piratas do Caribe. Até o início da noite desta quarta ainda não havia números da arrecadação do dia.
Segundo a empresa Box Office, que monitora o setor, Batman Begins encerrou sua carreira nos cinemas, após quatro meses, com uma arrecadação total de 205,3 milhões de dólares. A nova versão tem como atração adicional o vilão Coringa, interpretado por Heath Ledger, que morreu de overdose acidental de medicamentos em janeiro, logo depois das filmagens.
O Cavaleiro das Trevas entrará para a lista dos dez lançamentos mais bem-sucedidos da história quando ultrapassar os 373,6 milhões de dólares arrecadados nos EUA, cifra obtida por Homem-Aranha 2. A estimativa da Warner é que o filme supere os 400 milhões de dólares com as vendas no exterior.
O budismo poderá desaparecer
Por Norimitsu Onishi, do The New York Times
Os japoneses há muito tempo têm uma abordagem tolerante em relação à religião, celebrando o fim do ano antigo nos templos budistas e dando boas-vindas ao ano novo, algumas horas depois, em santuários xintoístas. Quando se fala em funerais, no entanto, os japoneses têm sido tradicionalmente budistas inflexíveis – tanto que o budismo no Japão é muitas vezes chamado de “budismo de funeral”, uma referência ao antigo quase-monopólio da religião com relação a cerimônias elaboradas e lucrativas envolvendo mortes e ritos fúnebres.
Mas essa expressão também descreve uma religião que, ao parecer atender mais as necessidades dos mortos do que dos vivos, está perdendo seu posto na sociedade japonesa. “Essa é a imagem do budista de funeral: que ele não atende as necessidades espirituais das pessoas”, disse Ryoko Mori, principal sacerdote do Templo Zuikoji, de 700 anos, no norte do Japão. “No islã ou no cristianismo, eles fazem sermões sobre temas espirituais. Mas no Japão de hoje, pouquíssimos sacerdotes budistas fazem isso”.
Mori, de 48 anos, 21º sacerdote-líder do templo, tinhas dúvidas de que o templo sobreviveria até a chegada do 22º. “Se o budismo japonês não agir agora, irá desaparecer”, disse. “Não podemos esperar. Temos que fazer algo”. Em todo o Japão, o budismo enfrenta uma confluência de problemas, alguns comuns a religiões em outras nações desenvolvidas, outras particulares à fé daqui. A ausência de sucessores para sacerdotes-líderes está pondo em risco templos administrados por famílias em todo o país.
Ao mesmo tempo em que o budismo está em declínio em áreas urbanas, as fortalezas religiosas rurais estão sendo esvaziadas, com devotos mais velhos morrendo e taxas de natalidade baixas. Talvez o fator mais significativo seja que o budismo está perdendo o controle sobre a indústria funerária, à medida que mais e mais japoneses estão recorrendo a casas funerárias ou optando por não realizar funeral nenhum. A expectativa é que muitos templos no interior do país irão fechar nos próximos anos, levando com eles séculos de história local e contribuindo para a reviravolta demográfica que está a caminho no Japão rural.
Em Oga, em uma península de mesmo nome que olha para o Mar do Japão na Província de Akita, sacerdotes budistas estão observando o declínio da população e da indústria de pesca local. “Não é exagero dizer que a população caiu para cerca da metade do nível que atingiu durante o pico e que todos os negócios também foram reduzidos pela metade”, disse Giju Sakamoto, 74 anos, o 91º sacerdote-líder do templo mais antigo de Akita, Chorakuji, fundado ao redor do ano de 860. “Diante dessa realidade, simplesmente insistir que somos uma religião e que temos uma longa história – a mais longa de Akita, na verdade – soa como um conto de fadas. Não tem importância nenhuma. É por isso acredito não haver esperanças para este lugar”, disse Sakamoto em seu templo, situado no alto de um cabo com vista para uma vila a beira-mar.
Para sobreviver, Sakamoto concentrou suas energias em gerenciar uma casa de repouso e um novo templo em um subúrbio em crescimento da Cidade de Akita. Esse templo, no entanto, atraiu somente 60 famílias como membros desde sua abertura há alguns anos, muito menos que as 300 consideradas necessárias para um templo ser financeiramente viável. Durante séculos, o templo budista típico, cuja direção era passada de pai para filho, servia a um quadro de membros, raramente, ou quase nunca, tentando convertê-lo. Com algumas 300 famílias para servir, o sacerdote-líder do templo e sua esposa ficavam bastante ocupados.
Não só o número de templos no Japão tem caído – de 86.586 em 2000 para 85.994 em 2006, segundo a Agência Japonesa para Questões Culturais – mas o número de membros também caiu em muitos templos. “Tivemos que procurar outros trabalhos porque somente o templo já não era suficiente”, disse Kyo Kon, 73 anos, esposa do sacerdote-líder do Kogakuin, um templo daqui com 170 membros. Ela trabalhava em uma creche enquanto seu marido era empregado de um escritório local de planejamento territorial.
Não muito longe, em Soshoji, um templo cujos membros caíram para 85 idosos, o sacerdote-líder, Jokan Takahashi, 59 anos, enfrentava um problema comum à maioria dos negócios familiares no Japão: o de encontrar um sucessor. Seu filho mais velho tinha participado do treinamento para se tornar sacerdote budista, mas Takahashi tinha dúvidas quanto a pedir que ele assumisse o posto.
“Meu filho cresceu sem saber nada mais além do mundo do templo, e ele me disse que não se sentia livre”, contou, explicando que seu filho, agora com 28 anos, trabalhava em uma empresa em uma cidade próxima. “Ele me pediu para ficar livre enquanto eu estivesse trabalhando, e disse que voltaria para assumir o posto quando completasse 35 anos. Mas, considerando o futuro, pressionar uma pessoa jovem a assumir um templo dessa forma pode ser cruel”, disse Takahashi, depois de proporcionar a visitantes um passeio pelo cômodo mais importante do seu templo, uma câmara interna com arcas de madeira, lembrando armários, onde, segundo ele, os espíritos dos ancestrais dos membros do templo estão guardados.
Em uma manhã recente, Mori, o sacerdote do templo de 700 anos, começou o dia com uma visita à casa de uma família produtora de arroz, marcando o 33º aniversário da morte de um avô. Inclinando-se diante do altar da casa, Mori rezou e entoou provérbios. Mais tarde, repetiu os rituais na casa de outra família, que comemorava o 17º aniversário da morte de um avô. Cada vez mais, muitos japoneses, especialmente os de áreas urbanas, evitam essas tradições. Muitos nem pertencem mais a templos e em vez disso recorrem a casas funerárias quando seus parentes morrem. As casas fornecem sacerdotes budistas para as cerimônias funerárias.
Além disso, um número crescente de japoneses vem optando por cremar seus entes queridos sem nenhum funeral, disse Noriyuki Ueda, antropólogo do Instituto de Tecnologia de Tóquio e especialista em budismo. “Por causa disso, sacerdotes budistas e templos não vão mais estar envolvidos em funerais”, disse Ueda. Ele disse que o budismo japonês foi subvertido do seu lado espiritual em grande parte porque se comprometeu durante a Segunda Guerra através de seus fortes laços com as forças armadas do Japão. Depois que sacerdotes budistas glorificaram soldados mortos e deram a eles nomes póstumos budistas especiais, falar de pacifismo perdeu o sentido.
Mori, o sacerdote daqui, contou que depois da Guerra houve um desejo por funerais cada vez mais luxuosos com nomes budistas prestigiosos. Esses nomes – com os maiores níveis tradicionalmente dados àqueles que levaram vidas honrosas – são comprados hoje rotineiramente, sem importar a conduta do morto durante a vida.
“Os soldados, que deram a vida pelo país, receberam nomes póstumos budistas especiais, então depois disso todo mundo queria ter um, e os preços aumentaram drasticamente”, disse Mori. “Todos estavam enriquecendo, então todos queriam ter um. Mas isso nos trouxe uma imagem ruim”, ele disse, acrescentando que o preço do melhor nome em Akita custa cerca de 3 mil dólares – apesar de esse ser um preço muito abaixo do que é praticado em Tóquio.
De fato, essa imagem é reforçada pela forma como negócios e cerimônias funerárias são conduzidas. As taxas não são declaradas e ficam ao critério da família, e os parentes geralmente sentem uma pressão implícita para serem bastante generosos. O dinheiro é entregue em envelopes, e não se emitem recibos. Os templos, com seu status de organizações religiosas, não pagam impostos.
Foi em parte para dissipar essa imagem ruim que Kazuma Hayashi, 41 anos, sacerdote budista que não tem o próprio templo, disse ter fundado uma empresa, Obohsan.com (obohsan significa sacerdote), há três anos, em um subúrbio de Tóquio. A empresa envia sacerdotes budistas autônomos para funerais ou outras cerimônias, eliminando casas funerárias ou outros atravessadores. Os preços, que são pelo menos um terço mais baixos do que a média, são listados claramente no site da empresa. Há um desconto de 10% para membros. “Até damos recibo”, disse Hayashi.
Hayashi argumentou que em vez de separar ainda mais o budismo japonês de suas raízes espirituais, seu negócio atraiu mais pessoas com seus preços menores. Os nomes póstumos mais bem-valorizados saem por cerca de US$ 1.500 – uma pechincha. “Sei que, originalmente, o budismo não se trata disso”, disse Hayashi, com relação aos nomes de prestígio. “Mas é uma marca que nossos clientes escolhem. Alguns realmente querem, e isso significa que se existe um forte desejo dentro dele, temos que atendê-lo”. Depois de se desculpar por desviar dos ideais budistas, Hayashi contou que oferece a seus clientes o nome mais valioso, mas com cuidado: “Em resumo, essa é a diferença entre ir a uma loja local e comprar uma bolsa da Gucci”.
terça-feira, 22 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O Rio do Meio, Lya Luft
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Eles não se bicavam
Leonardo Da Vinci e Michelangelo, dois dos maiores artistas de todos os tempos, foram contemporâneos e rivais. Gênios na arte de fazer Arte, eles também sentiam inveja, raiva e culpa. Descubra os homens por trás dos mitos
Por Maria Fernanda Vomero Revista Super Interessante
Pimenta, ela esquenta sua vida
Texto: Chantal Brissac
Revista Bons Fluidos
O inverno está aí. O termômetro baixa e a pimenta entra em alta. “Quem costuma sentir frio pode se beneficiar com a ingestão deste alimento”, explica o acupunturista Antonio José Demian, de São Paulo. Ele apoia seu saber na medicina chinesa, que há muito descobriu a pimenta vermelha como um fator de equilíbrio da energia do corpo.
O nutrólogo João Curvo, do Rio de Janeiro, defende que temperos, temperaturas e temperamentos possuem estreita relação. Ele recomenda que pessoas predominantemente doces comam alimentos mais picantes e ácidos. “Muita doçura as deixa hipersensíveis, vulneráveis às agressões externas.” Já quem tem pavio curto deve evitar a pimenta e saborear itens refrescantes, como saladas de sabor amargo. “Quando utilizamos os temperos de forma adequada, podemos tratar melhor a depressão, a agitação e o amargor da alma”, diz Curvo.
Dono de uma loja na capital paulista com mais de 250 tipos de pimenta, Nelusko Linguanotto Neto credita ao ingrediente outras qualidades. “O que é que a pimenta tem? O dom de trazer vida à mesa.” Deve ser daí que surgiu a expressão “coloque um pouco mais de pimenta em sua rotina”.
O SABOR DE BELÉM
Uma amostra de que o Pará é mesmo o maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil (80 mil toneladas por ano) está no mercado Ver-o-Peso, em Belém, com sua profusão de ervas, raízes, condimentos, poções e essências – algumas com propriedades medicinais e muitas (dizem os moradores) com poderes milagrosos.
No meio de alamedas, há um zanzar diário de personagens que vivem da pimenta. Gente como o senhor Osvaldo Pereira Lira (foto), mais conhecido como Galo, 73 anos, há 56 deles como vendedor. Fornecedor de grandes chefs da cozinha paraense (como Fábio Cecília, do tradicional restaurante Don Giusepe), Galo sabe o que é preciso para cada prato e o que cada pimenta pode fazer por ele. “O que é um tacacá, e um pato no tucupi sem a pimenta-de-cheiro?”, pergunta. Além das pequenas notáveis que enchem as bancas como um mosaico colorido em verde, amarelo e vermelho, Galo oferece conservas e molhos em garrafas, que fazem da barraca uma atração à parte.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Há um grande silêncio que está sempre à escuta…
E a gente se põe a dizer inquietamente qualquer coisa,
qualquer coisa, seja o que for,
desde a corriqueira dúvida sobre se chove ou não chove hoje
até a tua dúvida metafísica, Hamleto!
E, por todo o sempre, enquanto a gente fala, fala, fala
o silêncio escuta…
e cala.
Mário Quintana
segunda-feira, 7 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Um pouco de silêncio
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam.
Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.
O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado.
É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho.
Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença.
Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma.
Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se amizade ou amor se “arrumasse” em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!
Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.
Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude.
Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos.
Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.
Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre – em si e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
– Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.
Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. Com medo de ver quem – ou o que – somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.
Lya Luft
terça-feira, 1 de julho de 2008
O que você busca? Aonde quer ir? Que amores pretende viver? Que sonhos busca realizar? Que vida você quer levar?
O que o Rio tem de mais sexy são as possibilidades, aqui tudo pode acontecer, toda busca encontra seu destino.
A cidade te chama e quando você se entrega a ela, sabe que nada mais vai ser como antes. Ela te ensina e você quer aprender.
Nenhum dia precisa ser igual ao outro se você não tiver medo de todas as possibilidades que a cidade tem para te mostrar.
(escrevi para um concurso, dedinhos cruzados )