quarta-feira, 28 de maio de 2008

"Tarde eu te amei, beleza tão antiga e tão nova.
Eis que habitavas dentro de mim e eu lá fora a procuravas!"

(Confissões de Santo Agostinho)

segunda-feira, 26 de maio de 2008


"Amadurecer foi retirar os rostos e as peles e começar a ver no espelho o verdadeiro eu - onde se lê uma severa contabilidade dos gastos e lucros, saldos nem sempre tranqüilizadores. Quanto de amargura, quanto de bom humor sobrou, quanta capacidade de se renovar? Entender que não precisamos ser onipotentes é uma das maiores libertações. Ninguém, homem ou mulher, pai ou mãe, pode ser totalmente responsabilizado pela sorte de ninguém, por seus erros e acertos, por sua solidão ou felicidade - a não ser na medida justa, em que se é responsável por quem se ama, dentro dos limites da capacidade de cada um. Na maturidade percebe-se que não importa tanto o que fizeram conosco, mas o que fizemos com o que eventualmente nos aconteceu. É uma indagação dramática, que na juventude parece algo a resolver num futuro muito remoto. Mas "de repente, tinham-se passado vinte anos". E nós, e nós? Precisamos descobrir que amadurecer não significa desistir nem estagnar. "
O Rio do Meio, Lya Luft

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Carinho faz a alma cantar...


Esse texto é de David Drew Zingg fotógrafo norte-americano da extinta revista "Realidade" onde ele conta porque resolveu morar no Brasil. O texto é da edição de número seis, de setembro de 1966 (eu nem tinha nascido!). E revela com um "olhar estrangeiro" um Brasil que muitos brasileiros não conseguem ver. É lindo.

"Cheguei à conclusão de que existe algo simples, mas muito forte
- um tipo de cola humana indestrutível - que junta numa idéia só
este grande País. Ao olhar para um brasileiro, sinto que ele tem
a absoluta certeza do que é. E acredito que essa certeza vem do fato
dele ter sido muito amado, desde muito cedo e durante muito tempo.

Para mim o Brasil é um país habitado por um grande número de pessoas
que têm sido muito amadas e que têm capacidade de transmitir esse amor.
Aqui se encontra o amor à vida que impede o derramamaento de sangue,
que mantém as pessoas vivas, no verdadeiro sentido da palavra.

Como estrangeiro, vejo sempre o carinho enchendo as ruas.
Às vezes é um menino e uma menina, ou dois meninos,
ou uma moça e uma velha, ou um homem e uma mulher.
Mas seja o que for, há muitos, o suficiente para fazer a alma cantar."


segunda-feira, 19 de maio de 2008


Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos. Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. Quanto a meu sábado – que fora da janela se balançava em acácias e sombras – eu preferia, a gastá-lo mal, fechá-la na mão dura, onde eu o amarfanhava como a um lenço. À espera do almoço, bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: amanhã já seria domingo. Não é com você que eu quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos devagar a fumaça do cigarro seco. A avareza de não repartir o sábado,ia pouco a pouco roendo e avançando como ferrugem, até que qualquer alegria seria um insulto à alegria maior.

Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite. Ela, no entanto, cujo coração já conhecera outros sábados. Como pudera esquecer que se quer mais e mais? Não se impacientava sequer com o grupo heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa só esperava como pela hora do primeiro trem partir, qualquer trem – menos ficar naquela estação vazia, menos ter que refrear o cavalo que correria de coração batendo para outros, outros cavalos.

Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós... Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.

A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas, redondos tomates de pele quase estalando, chuchus de um verde líquido, abacaxis malignos na sua selvageria, laranjas alaranjadas e calmas, maxixes eriçados como porcos-espinhos, pepinos que se fechavam duros sobre a própria carne aquosa, pimentões ocos e avermelhados que ardiam nos olhos – tudo emaranhado em barbas e barbas úmidas de milho, ruivas como junto de uma boca. E os bagos de uva. As mais roxas das uvas pretas e que mal podiam esperar pelo instante de serem esmagadas. E não lhes importava esmagadas por quem. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.

Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera – mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar – um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços. Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. 'Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe.

Em nome de nada, era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses, aceitamos a mesa.

Não havia holocausto: aquilo tudo queria tanto ser comido quanto nós queríamos comê-lo. Nada guardando para o dia seguinte, ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que me fazia sentir. Era um viver que eu não pagara de antemão com o sofrimento da espera, fome que nasce quando a boca já está perto da comida. Porque agora estávamos com fome, fome inteira que abrigava o todo e as migalhas. Quem bebia vinho, com os olhos tornava conta do leite. Quem lento bebeu o leite, sentiu o vinho que o outro bebia. Lá fora Deus nas acácias. Que existiam. Comíamos. Como quem dá água ao cavalo. A carne trinchada foi distribuída. A cordialidade era rude e rural. Ninguém falou mal de ninguém porque ninguém falou bem de ninguém. Era reunião de colheita, e fez-se trégua. Comíamos. Como uma horda de seres vivos, cobríamos gradualmente a terra. Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre, e come. Comi com a honestidade de quem não engana o que come: comi aquela comida e não o seu nome. Nunca Deus foi tão tomado pelo que Ele é. A comida dizia rude, feliz, austera: come, come e reparte. Aquilo tudo me pertencia, aquela era a mesa de meu pai. Comi sem ternura, comi sem a paixão da piedade. E sem me oferecer à esperança. Comi sem saudade nenhuma. E eu bem valia aquela comida. Porque nem sempre posso ser a guarda de meu irmão, e não posso mais ser a minha guarda, ah não me quero mais. E não quero formar a vida porque a existência já existe. Existe como um chão onde nós todos avançamos. Sem uma palavra de amor. Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos fortes e nós comemos.

Pão é amor entre estranhos. A Repartição dos Pães Clarice Lispector Texto extraído do livro "Laços de família", Ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1991.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Alegria nossa de cada dia


Alegrias internas...alegrias nossas, daquelas particulares...alegrias que nascem com as primeiras horas de um novo dia, ... alegrias que nos fazem rir sozinha...no chuveiro ( adoro) , na rua, no trabalho...alegrias que fazem seus amigos indagarem pq vc está tão feliz???
Alegria realmente é um estado de espírito, e sou daquelas que preferem acreditar que não é preciso muito ou algum motivo especial ( se tiver um bom motivo, melhor ainda ) pra ela existir. Adoro acordar com ela e faço o possível para preservá-la durante todo dia...uma coisa simples que sempre da certo, é olhar pela janela...ver o dia lindo, a cidade cheia de vida lá fora, respirar fundo...ouvir música...cantar...beijar...segurar a mão... dançar...abraço quentinho, ai que delícia! Pão fresquinho... Ver o sorriso estampado no rosto de amigos do peito...mãe...ai mãe é a melhor coisa do mundo...pai engraçado é um conforto pro coração sempre. Não é preciso muito para se ter um dia alegre, o principal, é estar aberto...deixar vir...o que não for bom deixar ir...não complicar coisas bobas...e se permitir...ser mais você e menos problemas! E não deixar...nunca...jamais...que aquela palavrinha maligna estrague tudo, pq sempre tem alguém com uma palavrinha dessas.
Sentir intensamente...o bom ou o ruim...é complicado, mas tem seu lado positivo, porque procuro sugar ao extremo meus dias de alegria...alegrias internas que acabam saindo de mim e se tornando do mundo!!!!
Desejo então muitas alegrias internas e perdições pela vida afora!! Eta trem bão!!!!!

"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos
meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca
fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é
quando a gente mora um no outro." - MÁRIO QUINTANA

terça-feira, 13 de maio de 2008

Palco...


A vida é um palco sem limites,
para descobertas ainda por vir...
As palavras mais importantes já escritas,
ainda não conseguem exprimir,
são terra, incógnita, território desconhecido.
Saudade...de um amor sempre vivido.

Feiticeira da montanha


domingo, 11 de maio de 2008



quinta-feira, 8 de maio de 2008

Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração...

Belchior

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Cosmopolitan


Ainda no clima de SEX AND THE CITY, receita do drink de maior sucesso da série

Ingredientes

30 ml de suco de cranberry (encontrado nos grandes supermercados ou em lojas de bebidas) 50 ml de vodca, preferencialmente sabor laranja 20 ml de licor de laranja (Cointreau) 5 gotas de suco de limão Tirinha de casca de laranja para decorar

Modo de preparo

Em uma coqueteleira, bata todos os ingredientes (menos a casca de laranja) numa coqueteleira e agite. Transfira a bebida para um copo de short drink (geralmente usado para dry martini) previamente gelado. Torça a casca de laranja, coloque-a dentro do drinque ou na lateral do copo e sirva.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Felicidade em grupo


Sempre acreditei que na vocação para a vida está incluído o amor...e como não, todos os nossos atos parecem ser estimulados pela satisfação do coração. Mas, apesar de ainda acreditar, hoje percebo que muitas vezes essa "vocação" pode se tornar egoísta, visando primeiramente e principalmente o amor a si mesmo. Como assim? Quando você coloca a sua satisfação pessoal acima da satisfação do seu companheiro, dos seus filhos, dos seus irmãos, seus pais...dos seus amigos. Você não quer saber, ou não se importa com o que deixa essas pessoas que você ama felizes, mas sim com o que deixa a você mesmo feliz.
Então na vocação para a vida também está incluído o egoísmo. Ninguém me ensinou isso na escola, ou eu estava sonhando acordada e não entendi, mas já vi e me assustei...existe de verdade, essa tal coisa..." Apesar de te amar, não quero saber se te faço feliz ou triste, o que importa é o meu conforto emocional"..agora eu entendi! Ai me questionei se já fiz isso, se meu lado egoísta já falou tão alto assim a ponto de me sentir dona da felicidade daqueles que me são mais queridos ?? E digo sinceramente que em nenhum momento traí minha primeira convicção, tenho em mim tão forte o prazer de fazer o melhor aos meus amores que já me disseram ser essa uma de minhas grandes fraquezas, pois as pessoas não são obrigadas a corresponderem as nossas expectativas...acho que também sou meio covarde, porque quando sinto não ser mais capaz de dar o que é merecido de mim, prefiro me afastar....mas, apesar do meu lado negro da força, não me sinto capaz de usurpar felicidades alheias, e quando vejo isso acontecer com pessoas próximas demais, é como se fosse uma dose de realidade muito grande em meu mundo encantado e romântico!! Porque, pode parecer infantil, mas sou do tipo que prefere felicidade em grupo!!!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Porque tem um lado meu que é fascinado por essa série...

SEX AND THE CITY: o retrato de uma época sai da TV para o cinema

O quarteto adorável da série mais feminina de todos os tempos promete repetir na telona o sucesso retumbante da televisão. Por que será que nos identificamos tanto com as personagens? Veja o que dizem os especialistas, as protagonistas e descubra com qual personagem você mais se identifica

Aydano André Motta | Entrevistas Ana Lígia Sampaio | Fotos divulgação

Revista Cláudia

imagem das protagonistas do filme sex and the cityAo sabor de um Cosmopolitan, do alto de estiletos Jimmy Choo, bolsa Prada a tiracolo e, sobretudo, envoltas pelas delícias da metrópole mais sedutora do planeta... quem haverá de resistir? O mundo feminino pode não se livrar de angústias e incertezas, tampouco decifrar a eterna equação chamada homem, mas tudo parece muito mais charmoso na lógica de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Charlotte York (Kristin Davis) e Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), as protagonistas de SEX AND THE CITY – agora em formato tela grande, filme previsto para chegar ao Brasil em 6 de junho.

Baseado no livro homônimo (lançado no Brasil pela Record) de Candace Bushnell, escrito a partir do sucesso das colunas que ela publicou nos anos 90 num jornal de Nova York, o seriado manteve, em seis temporadas, um padrão de qualidade acima da média da televisão. Um programa bem feminino: oferecia surpresas em cada um dos seus 94 episódios, mas, para entender, exigia sensibilidade e inteligência. Não foi fácil, nunca será.

Para a psicanalista e sexóloga Regina exigia sensibilidade e inteligência. Não foi fácil, nunca será. Para a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, a fascinação nasce da quebra dos preconceitos e da forte amizade das quatro personagens. “Elas são contemporâneas, enfatizam a importância da sexualidade numa visão atual, com novidades como o uso de vibradores”, completa. “E as tramas são divertidas, atraem a identificação de todas as mulheres.” A crítica vem da busca pelo príncipe encantado. Contesto a obrigatoriedade do par amoroso. As pessoas gostam de ver e de viver histórias de amor, mas têm que desenvolver a capacidade de ficarem bem sozinhas”, opina.

E não há grande diferença entre Carries, Mirandas, Samanthas e Charlottes americanas e brasileiras. “A cultura ocidental é uma só, com pequenas nuances”, aponta Regina. “Em Nova York e no Rio de Janeiro, as mulheres são mais liberadas do que em Utah ou em Goiás. Mas a mentalidade ocidental é toda judaico-cristã e crê na busca da alma gêmea”, analisa.

O êxito do seriado (que segue na TV, em reprises no canal a cabo Multishow, e cena do filme sex and the cityestá diponível em locadoras) baseia-se em um retrato preciso da mulher vitoriosa no trabalho mas feminina nas convicções, sem concessões masculinizadoras. “O mundo mudou e a dramaturgia ainda estava na era Mary Tyler Moore, dos anos 70”, observa Paula Fernandes, roteirista da Globo. Fã do seriado, “que mostra mulheres solteiras, mas não solitárias”, ela enxerga nele todos os dramas femininos da atualidade e muito mais. “Também tem o lado mulherzinha, da busca pelo prazer, pelo casamento, do fetiche com sapatos. Todo mundo consegue se ver ali”, aponta Paula. Mesmo com a quantidade de homens canalhas ou inseguros que desfilaram pela saga? “Sim, o seriado era voltado para as mulheres, mas mostrava o homem atual com todos os seus problemas”, diz. E olha que não foi só história de mocinha. “Um dos momentos mais marcantes é quando Carrie deixa Aidan – o homem perfeito, carinhoso, sensível e inteligente – escapar. Mulher também vacila.”
Pode ser. Mas foram os dilemas e idiossincrasias de Carrie, a instável, de Miranda, a racional, de Samantha, a voluptuosa, e de Charlotte, a frágil, que hipnotizaram o público – com o molho do glamour da cidade mais famosa e filmada do mundo, a quinta personagem do show. “O visual é muito atraente. As mulheres não apenas se identificam como desejam ser as personagens. E Nova York é um belo pano de fundo”, atesta a novelista Maria Adelaide Amaral, destacando também a abordagem do sexo, que transborda do título para a trama. “A maneira desenvolta como elas lidam com a sexualidade explica parte do sucesso”, afirma. A ponto de SEX AND THE CITY aproximar-se, em fama, dos seriados SEINFELD e FRIENDS. Maria Adelaide lembra, no entanto, que a odisséia das quatro amigas não é uma comédia, mas um programa sobre comportamento. “O humor é importante, mas não dá para comparar com essas outras séries”, opina.

As fãs, claro, concordam. A chef de cozinha Isabela Oliveira não faz por menos: chama as protagonistas de “minhas amigas de Manhattan”, tem todas as temporadas em DVD e sempre revê os episódios. “Elas conseguem ser ao mesmo tempo elegantes e despojadas, frágeis e vingativas. São como nós”, afirma.

A economista Fernanda França Soares faz eco. Tanto que, nas últimas viagens a Nova York, ocupou-se em percorrer pontos do cenário. No ano passado, tomou um martíni no Bull & Bear, bar do Waldorf Astoria, visitou o O’Neals (que virou o bar de Steve e Aidan, namorados de Miranda e Carrie), e passeou por lojas caríssimas, como a Prada, na Madison Avenue, e a Manolo Blahnik, onde um par de sapatos custa 500 dólares – ou mais. “Dá para sentir o clima do seriado. Às vezes, parece que a gente vai esbarrar numa delas”, suspira.

Daqui a pouco acontecerá, querida – num cinema perto de você.



sexta-feira, 2 de maio de 2008

...as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, fruta, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor.

Machado descreve um momento de um encontro entre virgília e seu amante, Brás Cubas, em Memórias Póstumas... o amor e o prazer da comida.