segunda-feira, 30 de junho de 2008

Pronta para o vento


Produtos novíssimos e tratamentos de ponta vão deixar os problemas com a cabeleira no passado – as únicas coisas que vão esquentar a sua cabeça são os chapéus e gorros fofos da moda outono/inverno
Por Deise Garcia
Revista Criativa

Quando a temperatura cai, as glândulas sebáceas do couro cabeludo naturalmente reduzem a produção dos ácidos graxos responsáveis pela lubrificação do cabelo - por tabela, o brilho fica reduzido. "Os banhos quentes e demorados também são vilões, pois a água 'pelando' leva para o ralo a lubrificação natural", diz o cirurgião dermatológico João Carlos Pereira, de São José do Rio Preto (SP). Para piorar, o vento frio e a baixa umidade desidratam os fios. E tem mais: "Os lisos ficam rebeldes e os crespos se armam, porque há mais eletricidade no ar com as baixas temperaturas". Para combater esses problemas, você tem duas frentes: investir em produtos específicos para o inverno - muitos acabaram de ser lançados na Hair Brasil, maior feira do setor, ocorrida em março - e caprichar nos tratamentos feitos em salão. Confira algumas opções a seguir.

No salão
Opte por hidratação intensa e reconstrução capilar

PIXELIST, da Kérastase
Segundo o fabricante, a ampola injeta ativos microluminosos, repara a estrutura da fibra capilar e forma um filme que sela a cor e preserva o brilho dos fios. Indicada para cabelos coloridos, faz parte do Ritual Diamant, que inclui lavagem e hidratação e promete manter o efeito por até cinco lavagens. O procedimento dura cerca de uma hora. Preço médio: R$ 180*.

Richesse Clear, da L'Oréal Professionnel
Age como um tonalizante comum, só que não tem pigmentos, o que evita alterações na cor do cabelo. É recomendado para fios coloridos ou virgens, tanto para realçar o tom natural quanto para dar uma carga extra de brilho. A aplicação leva 20 minutos e pode ser refeita a cada 20 ou 30 dias. Preço médio: R$ 40*.

Micro Mist
A queratinização feita com esse aparelho recupera fios muito ressecados, combatendo o aspecto áspero e o efeito frizz. Por meio de calor contínuo e vaporizado, a máquina aumenta a eficiência com que os cosméticos penetram na fibra capilar. O processo todo (lavagem, aplicação de produtos, pausa, enxágüe, hidratação e secagem com escovação) dura até 90 minutos e pode ser repetido em 30 ou 60 dias (dependendo do estado dos fios). Preço médio: R$ 180*.

Mente aberta
Não há como fugir do inverno, mas você pode investir em pequenas ações no dia-a-dia que atenuam (muito) as indesejáveis conseqüências do frio ao seu look.

- Reduza a duração do banho (comece marcando o tempo e diminuindo um minuto a cada três dias).

- Siga a mesma lógica com a temperatura da água - vá aumentando a água fria e reduzindo a quente até ela ficar morna.

- Invista em produtos hidratantes do tipo leave-in (que dispensam enxágüe) para manter a fibra capilar protegida e hidratada o dia todo.

- Prefira escovas de cerdas naturais e pentes de madeira. Eles diminuem a estática e o arrepiado dos fios, efeito que já é naturalmente acentuado nos dias mais frios e secos.

As novidades do mês nas livrarias...

UM GRANDE GAROTO
O inglês Nick Hornby especializou-se em escrever livros em que as responsabilidades da vida adulta batem de frente com as desabotinações típicas da adolescência. Em seu novo romance, Slam (Rocco), o autor faz o caminho inverso. Narrado em primeira pessoa, o livro foca-se em Sam, o único filho de um jovem casal divorciado. Ele tem 16 anos e ocupa seu tempo entre manobras de skate e conversas imaginárias com um pôster de seu ídolo no esporte, Tony Hawk. Até o dia em que transa e engravida Alicia, "a garota mais linda, descolada e inteligente do mundo".

MAS QUE MER..
O personagem principal do novo romance de Patrícia Melo tem alguns prazeres bem peculiares. Enfurnado numa biblioteca, ele tem a mania de reescrever grandes romances. E como revela o título, Jonas, o Copromanta (Cia. das Letras) é, acima de tudo, um escatológico admirador de fezes. Jonas acredita ter o dom de vislumbrar o futuro através da leitura de bolos fecais. E quando depara com o conto "Copromancia", de Rubem Fonseca, tem a certeza de que o autor o está plagiando.

OS TIOS DO ROCK
Profundos conhecedores da história do rock'n'roll, José Emilio Rondeau e Nelio Rodrigues, ambos na faixa dos 50 anos, assistiram a 20 concertos dos Rolling Stones antes de se aventurarem a escrever sua biografia. Sexo, Drogas e Rolling Stones (Agir) é recheado de fotos, citações e recortes de jornais e revistas. Abarca os 46 anos de carreira da banda inglesa. Estão ali, por exemplo, o show de 2006, no Rio de Janeiro, considerado o maior da história, e as aventuras de Mick Jagger pela Bahia nos anos 60.

PRA ROLAR DE RIR
As 38 crônicas presentes em Mais Comédias para Ler na Escola (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo, são como aquelas pequenas e deliciosas sobremesas servidas em restaurantes caros. Devem ser consumidas vagarosamente, degustando com uma satisfação única. Com o rigor e cuidado que lhes são característicos, o escritor gaúcho mescla histórias sobre o nosso dia-a-dia com outras mais fantásticas, como a em que Deus reúne sua cúpula para decidir o que fazer com o planeta Terra.

QUANTA FOFOCA!
Gossip Girl: Eu Não Mentiria para Você (Galera Record) é o décimo volume da famosa coleção que virou até série na TV (Warner Channel, quinta, 20h). Desta vez, a história se passa durante o verão nova-iorquino, no badalado balneário de Hamptons. Chiques, inteligentes e podres de rica, as gatíssimas Blair e Serena juntam-se ao resto de sua turma para fazer aquilo que mais gostam: beber, dançar e falar mal dos outros. Em tempo: a partir de julho a série também será transmitida pelo SBT.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE


Eu escrevi um poema triste E belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti essa tristeza Mas das mudanças do Tempo, Que ora nos traz esperanças Ora nos dá incerteza... Nem importa, ao velho Tempo, Que sejas fiel ou infiel... Eu fico, junto à correnteza, Olhando as horas tão breves... E das cartas que me escreves Faço barcos de papel!
Mario Quintana - A Cor do Invisível

terça-feira, 24 de junho de 2008

Quando me amei de verdade


Charles Chaplin

Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. Então pude relaxar. Hoje, sei que isso tem um nome...auto-estima.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje, chamo isso de...amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje, sei que o nome disso é...respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável....pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje, sei que se chama...amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Agora, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje, sei que isso é...simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje, descobri a...humildade. Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é quando a vida acontece

sexta-feira, 20 de junho de 2008


"Procure seus caminhos mas não magoe ninguém nessa procura. Arrependa-se, volte atrás, peça perdão! Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário! Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. .. Se sentir saudades, mate-a! Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o! Circunda-te de rosas, ama, beba e cala. O mais, é nada!" (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Não é o amor que morre,
somos nós mesmos...

Só vive quem vê
Sempre diante de si
Os olhos de sua aurora"

(Luis Cernuda)

quarta-feira, 18 de junho de 2008


E a vida vai tecendo laços,
Quase impossíveis de romper:
Tudo que amamos são pedaços
vivos de nosso próprio ser

A vida assim nos afeiçoa,
Prende. Antes fosse toda fel!
Que ao mostrar às vezes boa,
Ela requinta em ser cruel…

(Manuel Bandeira)



segunda-feira, 16 de junho de 2008

PROVA DE AMIZADE


A amizade feminina sempre gerou controvérsias. Tem gente que acha que
mulher é mais fiel do que o homem em tudo, inclusive em relação às
amigas. E há os que acreditam que não existe amizade feminina, que elas
são o que pode-se chamar de inimigas íntimas. É uma discussão antiga que
até hoje permanece inconclusa. Somos amigas ou concorrentes? Qual é a
maior prova de amizade que uma amiga pode dar? Muitas respondem: não
esconder nada, nem mesmo se vir o marido da amiga com outra. Tem que
contar.

Mas eu não conto. Nunca testemunhei um adultério, mas se vir, não conto.
E é por deixar clara essa minha posição que muitas amigas me olham
enviesado, questionando minha amizade. Sorry, gurias, não conto.

Você está num restaurante badalado e encontra o marido da sua melhor
amiga num papo animado com uma morena decotada até o umbigo. Não conto.
Se ele escolheu um local tão freqüentado, não deve ter nada a esconder,
é uma cliente, uma cunhada, a irmã dele que mora em Minas. Mas e se ele
escolheu este restaurante justamente para não levantar suspeitas? Sou
péssima em charadas. Não conto e fim.

Você pára num boteco de estrada para dar um telefonema quando dá de cara
com o namorado da sua amiga no maior amasso com a garçonete. Não conto.
E se ele terminou com sua amiga ontem à noite e você não ficou sabendo?
E se essa for a verdadeira esposa dele e sua amiga é que é a outra? E se
for um irmão gêmeo? Não conto.

Você está parada no sinal quando vê o carro do marido da sua melhor
amiga saindo de um motel. Você conhece a marca, você sabe a placa, o
carro é dele. Nem um pio. E se ele tiver emprestado o carro? E se tiverem
roubado? E se ele estiver com a própria? Ou com um homem? Não sou louca
de meter a mão nessa cumbuca.

Você está numa festa quando lhe apresentam Bia, 13 anos, fruto de um
caso extraconjugal do marido da sua prima, que no altar jurou odiar
crianças e a fez aposentar a idéia de ser mãe. É um cretino, mas não
conto. E se sua prima sabe de tudo e não quer comentários? E se for
calúnia? Fizeram teste de DNA? Então não conto.

Seu marido chega alegrinho do bar e dá o serviço: conta todas as
sacanagens que o melhor amigo dele apronta, cuja vítima é sua grande
amiga de infância. Você trai a confiança do seu marido e conta tudo pra
ela? Não conto. E se o cara estava blefando e o seu marido, alcoolizado,
não percebeu? E se foram só casos passageiros e ele for apaixonado de
verdade por sua amiga? E se ela também não for santa? Boquinha fechada.

Qual o castigo que eu mereço? Também não me contem nada.

MARTHA MEDEIROS


quinta-feira, 12 de junho de 2008



FELIZ DIA DOS NAMORADOS PARA TODOS OS APAIXONADOS ... PARA OS QUE ESTÃO A PROCURA DE UM AMOR VERDADEIRO E PARA OS QUE AMAM A SÍ MESMO SEMPRE






Catherine Deneuve and Yves Saint Laurent, 1966

"A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para as que não tiveram essa felicidade, aqui estou eu."
Yves Saint Laurent

Aquelas que não tem com quem comemorar hoje, já sabem... café da manhã na cama, sozinha, mas de YSL dos pés à cabeça.

quarta-feira, 11 de junho de 2008


Para ser grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, Porque alta vive. (Fernando Pessoa )

segunda-feira, 9 de junho de 2008


Há momentos em que nossos valores se rompem
certezas se estilhaçam como cristal
viram pó nossas absurdas convicções
princípios só se justificam no final

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A ciência da atração


Desde os tempos da pré-história, muita coisa mudou em nossos cérebros. Mas, quando o assunto é química sexual, nossos instintos básicos ainda falam alto. Novos estudos mostram que as regras desse jogo são mais complexas do que podemos imaginar. Saiba o que é preciso para entrar em campo e ganhar

Fernanda Colavitti
Fotos: Alessandra Levtchenko

Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Galileu de junho/2008.

Sabe quando você conhece a pessoa perfeita: bonita e gostosa (e ainda por cima completamente na sua), mas, mesmo que você queira, simplesmente não rola aquela química necessária para seguir adiante? Como se não bastasse você se sentir um completo fracasso por dispensá-la e continuar sozinho — ou, o que é ainda pior, insistindo naquela pessoa bem menos interessante e que nem lhe dá tanta bola assim —, ainda tem de ouvir os amigos falando o que fariam no seu lugar. Se isso serve de consolo, saiba que pelo menos a ciência está do seu lado.

Novos estudos têm mostrado que, ainda que o visual seja o primeiro e talvez o mais importante estímulo, o jogo da atração sexual tem regras bem mais complicadas, nem sempre claras. É óbvio que corpos sarados e rostos harmônicos sempre fazem sucesso, mas outros atributos, como cheiro e voz, além de características psicológicas como humor, têm se mostrado cada vez mais determinantes para a vitória ou derrota dos participantes dessa verdadeira maratona, segundo a psicologia evolutiva — ciência que estuda os mecanismos adaptativos psicológicos que fazem parte do que chamamos de natureza humana.

Isso sem contar, claro, os aspectos culturais, que nos diferenciam dos outros animais (os cachorros parecem não se importar muito com os modos à mesa de sua parceira sexual, tampouco as leoas no cio conferem a classe social e o nível de instrução dos leões).

“Vários estudos mostram que nossa preferência sexual tem um caráter genético, tanto que você prefere o gênero masculino ou feminino por uma determinação que cada vez mais os estudiosos vão localizando dentro do DNA. Mas é lógico que nada como a cultura e o ambiente para modifi car a genética”, diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora geral do ProSex, Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. “O desenvolvimento de mecanismos psicológicos como atração sexual ou ciúme tem uma base genética, mas eles também necessitam de um impulso social para serem ativados”, afi rma o psicólogo evolutivo David Buss, da Universidade do Texas.

Dito isso, voltemos aos nossos sentidos mais primitivos. Dentre eles, o olfato é o que mais nos aproxima dos cachorros, leões e outros parentes menos civilizados no quesito luxúria, segundo as recentes descobertas da ciência. O bom parceiro é aquele que cheira bem. E não estamos falando (só) de banho e desodorante, mas da infl uência inconsciente que o olfato desempenha na escolha do melhor companheiro para a procriação — lembrando que esse critério também é inconsciente, afi nal, há alguns milhares de anos, quando nosso cérebro foi programado para selecionar pretendentes de acordo com sua capacidade reprodutiva, ninguém se preocupava muito com planejamento familiar. E ainda não deu tempo de nosso principal órgão se atualizar, já que a velocidade das nossas alterações biológicas não acompanha a das culturais.

Apesar de não nos darmos conta, temos um olfato apuradíssimo para detectar um conjunto de genes conhecido como MHC (complexo de histocompatibilidade principal, na sigla em inglês), que controla o sistema imunológico e influencia a rejeição de tecidos. Quanto mais parecido o MHC do casal, maiores as chances de o útero rejeitar o feto. Portanto, nesse caso (e só nesse), a máxima de que os opostos se atraem está corretíssima.

quarta-feira, 4 de junho de 2008


Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armários embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica como que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir

(Chico Buarque, Tom Jobim)

segunda-feira, 2 de junho de 2008


Primavera e verão foram-se. O outono
Chegou. Folhas no chão… Névoas falazes…
E aí vem o inverno… O fim das lindas frases…
O último sonho, e após, o último sono!

As cigarras calaram-se. Era tarde!
E hoje que no teu sangue já não arde
O fogo em que tanta alma se abrasou,

Choras, sem compreenderes que a saudade
É um bem maior do que a felicidade,
Porque é a felicidade que ficou!

(Manuel Bandeira)