quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O estilo Chanel...



Gabrielle Bonheur Chanel nasceu numa família pobre. Sua mãe morreu quando ela tinha seis anos, deixando-a com mais quatro irmãos aos cuidados do pai. No período entre 1905 e 1908 adotou o nome de Coco, durante uma breve carreira de cantora de café-concerto.
Trinta e sete anos após sua morte, detalhes de sua história, mesmo os que ela nunca quis revelar, podem ser conferidos no livro “A Era de Chanel”, da jornalista francesa Edmonde Charles-Roux, lançado pela editora CosacNaify.

Leonina e ambiciosa, Chanel sempre almejou subir na vida e fazer parte da alta sociedade. Ela conseguiu se engajar na alta aristocracia e logo se tornou xodó dos homens, que não lhe faltavam com cortejos. Pudera! Chanel era dotada de traços finos e possuía um porte elegante. Há quem diga que ela nasceu para ser uma dama.

Chanel revolucionou a década de 20, libertou a mulher das faixas e cintas, dos corpetes apertados, babados e outras peças do vestuário incômodo do final da década de 19. A estilista foi a criadora do tailleur feminino e popularizou o pretinho básico, mas foi o seu perfume, o Chanel nº 5, o mais vendido do mundo, que a tornou milionária.

Envolvendo-se primeiro com um rico militar e depois com um industrial inglês, Coco Chanel conseguiu recursos para abrir uma pequena chapelaria, em 1910. Abriu mais duas filiais, em Biarritz e em Deauville. Seus dois protetores também a ajudaram a conseguir clientes, homens e mulheres, que passaram a freqüentar sua loja. Suas criações logo caíram no gosto do público e seus negócios se expandiram para o ramo da moda.

Nos anos 1920, Chanel já era uma designer influente. Começou a desenhar roupas confortáveis, com tecidos fluidos, peças emprestadas do guarda-roupa masculino e saias mais curtas, em contraste com a silhueta feminina rígida da época. Em 1922 criou o famoso perfume Chanel n° 5, que alavancou seus negócios e se tornou legendário.

Durante a Segunda Guerra Mundial Chanel chegou a trabalhar como enfermeira, uma vez que os negócios de moda estavam em baixa. Nesta época envolveu-se com um oficial nazista, o que lhe custou o exílio. Em 1954 voltou a Paris e retomou seus negócios na alta costura.

Sua carreira teve um renascimento nos anos 1950. O cárdigã, o vestido preto, as pérolas tornaram-se marca registrada do estilo Chanel. A marca Chanel acabou tornando-se um grande império, que inclui bolsas, sapatos, jóias, acessórios e perfumes. No ano de sua morte, aos 87 anos, Coco Chanel ainda trabalhava ativamente, desenhando uma nova coleção.

“A figura moderna de Coco Chanel foi importante para consagrar a marca. A silhueta magra com roupas folgadas tornou sua imagem símbolo de elegância e inspirou muitas mulheres”, explica a consultora de moda Bruna Guzzi.

“Chanel tornou clássicas suas cores preferidas, cinza, marinho e bege, além da famosa bolsa de matelassê com corrente dourada. Até hoje, seu estilo é presente em saias de tweed com suéter e colar comprido de pérolas. Como ela mesma dizia: a moda muda, o estilo permanece”,

O estilista alemão Karl Lagerfeld é, desde 1983, o diretor de criação da marca Chanel, tanto para a linha de alta-costura quanto para a de prêt-à-porter. O estilo clássico criado por mademoiselle, revitalizado por Lagerfeld, atravessou o século 20 e se tornou atemporal.

"Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas "estilo Chanel". Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda."
Coco Chanel

Frases de Coco Chanel:

"Sou contra uma moda que não dure. É o meu lado masculino. Não consigo imaginar que se jogue uma roupa fora, só porque é primavera."

"Uma mulher vestida de claro raramente fica de mau-humor."

"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".

"A moda, como a arquitetura, é uma questão de proporções".

Fonte - MBPress
Apesar de ter numerosos admiradores, Coco Chanel não se casou. Quando o duque de Windsor a pediu em casamento ela lhe respondeu orgulhosamente: há muitos duques da Inglaterra mas Coco Chanel só há uma.
Já famosa, teve a seus pés uma sucessão de milionários, aristocratas e artistas famosos, mas recusou todas as propostas de casamento. Apreciava demasiado sua independencia - dizia - para poder comprometê-la.
Na decada de trinta aplicou sua fortuna, avaliada então em 15 milhões de dolares (74 milhões e 250 mil cruzeiros), em diversos países.
Durante 15 anos não apresentou um só desfile de moda. Mas quando voltou a aparecer, em 1954, com caracteristicas de simplicidade em um periodo de inovação, suas criações constituiram novo êxito.
No ultimo verão, enquanto se preparava para apresentar sua coleção outo-inverno, definiu sua filosofia nas seguintes palavras:
"Não escandalizo o mundo. Sou inimiga da excentricidade e sinto-me deprimida pela forma em que as pessoas a exibem. Não percebem as mulheres que seu primeiro dever é permanecer femininas e agradar aos homens? E não procurar aparentar 20 anos quando já têm 60, ou assemelhar-se a uma rapaz de cabelos compridos? Na minha idade já não procuro um amante. E, se um hippie de cabelos longos se aproximar de mim convidando-me a fazer amor, eu o mandarei para o diabo".