terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O que você ganha quando perde


Sua felicidade é viva...tem cor...som...cheiro...ou é uma felicidade morna? Quando vc acorda é apenas mais um dia, sem olhinhos brilhando, coração acelerando, frio na barriga...aquele sorriso? O mundo parece em paz, mas dentro de você uma voizinha teima em questionar que está faltando alguma coisa? Você precisa de mais, muito mais, só que no entanto se sente culpada por querer... pois tem essa aparente vida tranqüila...aparente felicidade, nada está no lugar, seus sonhos estão encaixotados, seus sentimentos em preto e branco...mas isso é tudo que você conhece...desencaixotar sonhos da um trabalho enorme, e se vc perde a única coisa que julga ter, seu mundo parece desmoronar e você só quer saber de quem foi a culpa... A realidade é abstrata muitas vezes quando procuramos caminhos alternativos para aliviar certas frustrações, e o medo de mudar é pior do que a própria mudança
Uma sacudida no seu mundo pode ser muito positiva, te mostrando o quanto de você estava adormecido, trazendo descobertas e redescobertas...você cresce, você vive e você vibra...mas no entanto, a sensação de perda não te deixa em paz, e você nem mesmo consegue ver o quanto está ganhando mas sim apenas o quanto perdeu...Ás perdas fazem parte do processo, tudo tem seu tempo...a perda também...você sofre, chora, se desespera...sente aquela dor e depois tem que seguir adiante sim...Melhor ter vida de verdade dentro e fora de si...do que a falsa sensação de que tudo está bem....e se você tiver que perder pra voltar a viver, pare de lamentações, deixe de procurar de quem foi a culpa, por que no fundo todos tem uma boa parcela dela.
Quando perdi aquilo que mais julguei ter medo de perder, me dei conta do quanto eu estava distante de mim mesma. Descobrir vida é muito bom....Descubra vida em você, sempre...
Uma pessoa muito querida me disse um vez que ela gostava muito de estar acompanhada de si mesma, e eu adotei isso e descobri que sinto o mesmo, é muito completo nos sentirmos bem com nós mesmos, se sinta cada vez mais bem acompanhada de si e vc verá como tudo a sua volta ganha um brilho novo
...então bom início de você ...vamos lá comece a colorir seus dias...

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... Enquanto lutava, via as pessoas falando em nome da liberdade, e quanto mais
defendiam este direito único, mais escravas se mostravam dos desejos de seus pais, de um
casamento onde prometiam ficar com o outro "pelo resto da vida", da balança, dos
regimes, dos projetos interrompidos no meio, dos amores aos quais não se podia dizer não
ou basta, dos finais de semana onde eram obrigadas a comer com quem não desejavam.
Escravos do luxo, da aparência do luxo, da aparência da aparência do luxo. Escravos de
uma vida que não tinham escolhido, mas que haviam decidido viver — porque alguém
terminou convencendo-os de que aquilo era melhor para eles. E assim seguiam em seus
dias e noites iguais, onde a aventura era uma palavra em um livro ou uma imagem na
televisão sempre ligada, e quando qualquer porta se abria, sempre diziam:
"Não me interessa, não estou com vontade." Como podiam saber se estavam ou
não com vontade, se jamais experimentaram? Mas era inútil perguntar: na verdade,
tinham medo de qualquer mudança que viesse sacudir o mundo com que estavam
acostumados.
( Paulo Coelho- O Zahir)



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A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

MÁRIO QUINTANA